Se no palco da vida as 5 línguas românicas formassem uma banda…

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Se no palco da vida as línguas românicas formasse uma banda, que papel cumpriria cada uma? As cinco irmãs da família, cuja “mãe” é o latim, são conhecidas em todo o mundo por sua musicalidade.

Quantos de nós já não dançamos como bailarinos fervorosos com canções “latinas”? Ou já não cantaram com toda força “Lasciatemi cantaaare!“, embora não sejam “italiani veri”? Quantos já não imaginaram ter uma aventura amorosa nas ruelas de Paris ou que poderiam até passar a noite toda em passos de samba no Carnaval?

Embora o romeno não seja tão popular como as outras, quem ouve o idioma dá-se conta do seu romantismo subestimado, que recai em palavras que podem soar um pouco mais duras para as nossas línguas irmãs: o italiano, o espanhol, o português e o francês.

Para as línguas românicas, a bateria seria…

Esperavam que começaria com o vocalista, né? Mas qual dos instrumentos, senão a bateria, pode ser considerado o coração de uma canção? No fundo do palco, os bateristas veem os seus colegas e têm uma vista ampla do público e da interação entre esses. A bateria não é um instrumento a desconsiderar. Mantém o ritmo para todos os outros. Sem bateria, não temos música. Ao cantarolar uma melodia, usamos a nossa voz, batemos o pé no chão ou as mãos na mesa. Podemos concluir, de outra maneira, que a ideia deste instrumento de percussão é essencial para uma banda?

Ritmo, paixão, trunfo – há outra maneira para descrever a língua…?

Não tens que compreender esta língua. Basta veres em dois nativos numa conversa qualquer. O modo em que eles gesticulam é reconhecido a nível mundial, mas a exaltação se intensifica em cada movimento e palavra. Devemos ao italiano aquilo que somos hoje. Ele ditou-nos, às suas irmãs, a direção para tomar. Olha-nos de trás e vê como é que evoluímos e como nos percebem os que nos ouvem. Aliás, não consegues descarregar-te melhor ao tocares na bateria? Isso diz muito sobre a minha associação!

Para as línguas românicas, a guitarra seria…

Ainda não alcançamos o solista – mas sem pressa! Uma banda sem qualquer um dos membros não pode ser mais considerada uma “banda”. Sem dúvida, o instrumento mais popular é a guitarra! Além disso, as estatísticas dizem que a língua românica mais popular é o espanhol! Há 580 milhões de falantes em todo o mundo e tantos modos de falar o espanhol! Podemos pensar na guitarra acústica, elétrica, violão, etc. Algumas delas vão tornar-se a parte mais importante de uma canção. Várias dessas começam com acordes de guitarra e, assim, reconhecemos num instante de que canção é que se trata.

Quem já a ouviu apenas uma vez, vai apaixonar-se sem voltar para trás!

A guitarra faz-nos apaixonar com uma canção cujos versos nem percebemos. Quem ouviu até agora apenas uma vez o espanhol numa canção, num filme ou série, vai passar sem dúvida pelos seguintes estados: ficar apaixonado num instante; sentir um calor familiar; desejar começar a aprendê-lo; lembrar das palavras facilmente. Atenção! Por mais popular que seja, tanto o espanhol, quanto a guitarra, ambas precisam de muito esforço e dedicação.

Tanta harmonia, calor, cor e energia – é impossível não adorá-las e pensar nelas ao ouvires as palavras “instrumento” e “línguas românicas”. Vinda, seja da América do Sul, seja da Europa – nem importa mais – o espanhol anima a nossa família.

Para as línguas românicas, o solista seria…

O instrumento mais popular no mundo da música é aquele que não conseguimos tocar, mas que consegue tocar-nos. A voz, abrangendo os versos, faz parte do pó mágico que, deitado o derradeiro sobre uma canção acapella, pode criar história. Nós podemos dançar a noite toda, mas não tem felicidade maior do que gritar os versos da tua canção preferida!

Numa festa, no carro com os amigos, enquanto limpares a casa ou estudares para escola. Quando cantas com afeição, qualquer tarefa vira evento. Estás apenas tu e a letra. No centro das atenções está o cantor. No meio do palco, nos lábios de todos, ele é o símbolo que guia a quem pensa numa certa banda. Ele é a imagem, o porta-voz, o núcleo.

Sedutor, doloroso, suave… quase ninguém conquista tal como o faz em apenas umas palavras o…

A semelhança entre “românica” e “romântica” é quase uma coincidência acidental, todos pensamos numa única língua que pode ser considerada o símbolo do amor – francês! Sedutor, doloroso, suave… quase ninguém conquista tal como o fazem algumas palavras nesta língua. Não se esforça muito para ser charmosa. Ao seu redor orbitam a imagem do amor – a beira do rio, o pôr-do-sol, a poesia, a arte, a cultura.

O francês oferece-nos uma musicalidade à parte e, sem ter em conta aquilo que exprime, consegue sempre guardar uma certa elegância com que quase nenhuma outra língua tem. Podem até ser difíceis de seduzir – o solista e o francês – mas eles são os primeiros a seduzir e os que ninguém pode esquecer.

Para as línguas românicas, o piano seria…

Não tem episódio da vida que não seja acompanhado por música. Falamos nos momentos felizes da vida quando nos sentimos vivos ao ouvir música. Mas quem é que nos pode aliviar o sofrimento quando estamos tristes? Que instrumento consegue entender melhor a nossa dor e servir de trilha sonora nos dias quando queremos tomar uma pausa da vida?

Ao ouvires a frase “canção triste”, não é verdade que a primeira em que pensas é uma lenta e, o mais provável é que o instrumento principal seja o piano? Há suficientes canções animadas onde a felicidade vem transmitida pelo piano. Mas, pelo menos a meu ver, o piano sugere-me uma tarde chuvosa. Melancolia, dor, lágrimas – o piano faz-nos sentir sempre saudades…

Doce e amarga é a melodia do piano e a língua…

A falar em saudades… melhor dito em “dor” (aqui tens um artigo com a explicação do uso de “dor) quem é que pode entender melhor este sentimento do que nós, os que falam a língua romena? Embora o piano não seja o equivalente da tristeza, sugere-nos um sentimento de isolação. Ocupa um espaço quase grande no palco, mas vem ignorado várias vezes no que diz respeito ao processo de aprendizagem e escolher um instrumento – pode ser porque esta ambivalência é difícil de controlar?

Doce e amarga é a língua romena. Quem aprende ambas, fecha a sete chaves o mundo exterior. Vive com si mesmo todos os sentimentos humanos – sobretudo aqueles a polos opostos. Tem uma visão única sobre a vida, que em si vem com altos e baixos, mais alerta e mais lenta, mais feliz e mais triste.

Para as línguas românicas, o violino seria…

Conhecido sob a alcunha “a rainha dos instrumentos”, o violino não pode estar sempre presente no palco, mas quando está, todos estão com os olhos fitos nele. Sobre ele, sabemos que é um dos únicos instrumentos cujas notas não podem ser reproduzidas totalmente por outros instrumentos. É tanto majestoso, quanto delicado. As notas produzidas por um violonista enchem o canto de cada canção, alegram em harmonia cada sentimento. Um instrumento frequentemente subestimado é, de facto, o fundamento de vários estilos musicais contemporâneos. Desde Mozart, o violino encontrou o seu lugar tanto em jazz, quanto em R&B. Não há pessoa neste mundo que não goste deste instrumento.

Não vais amar outro após te apaixonares por…

O último, mas não o derradeiro, o português consegue ser tanto imponente quanto delicado. Mais romântico do que o francês, vivido de maneira mais intensa do que o italiano, melhor para dança do que o espanhol e mais doloroso do que o romeno, o português consegue impor-se em qualquer contexto.

Apesar da sua popularidade, olha para nós da sombra, esperando que juntemos mais coragem para o descobrir. Uma vez que entramos no seu universo, não vamos sair jamais. Não é para todos, mas, tal como os fãs de música clássica: quem se apaixona pela língua portuguesa, nunca vai amar uma outra língua da mesma maneira.

Não tens que concordar comigo com respeito às línguas românicas escolhidas, mas se não concordares, deixa-nos um comentário com as tuas escolhas para a formação desse tipo de banda!

Gostarias também o nosso artigo sobre os homens de 5 signos que tendem a não pedir desculpa!

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1 thought on “Se no palco da vida as 5 línguas românicas formassem uma banda…”

  1. Pues yo diría que el occitano y el gallego serían las letristas, pues en la edad media fueron las lenguas de los poetas. Y el catalán sería el representante y compositor de la música. Y se nos olvidan el asturiano, las lenguas italianas, el francoprovenzal, el romanche, …

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