Hoje falaremos sobre o primeiro dos conflitos armados que marcou a decadência do poder colonial português na África no dia 4 de Fevereiro de 1961, na Guerra de Independência de Angola, também conhecida como Luta Armada de Libertação Nacional.
Quais foram as forças envolvidas no conflito?
No dia 4 de fevereiro de 1961, teve início a Guerra de Independência de Angola. O conflito armado ocorreu entre, de um lado, as três principais forças angolanas que buscavam obter a independência de Angola e, do outro, as forças de Portugal, que queriam proteger a economia portuguesa e seu regime governado por António de Oliveira Salazar.
As principais três forças da libertação angolana na Guerra de Independência de Angola foram:
- FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola,
- MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola,
- UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola.
Esta guerra, que durou 13 anos, marcou, ao mesmo tempo, o início da Guerra Colonial Portuguesa.
Libertação da opressão e mais repressão na Guerra de Independência de Angola
O motivo principal que gerou a guerra para a libertação, não foi de natureza política, mas laboral. Os trabalhadores angolanos decidiram fazer greve por causa das duras condições de trabalho, de vida e a constante repressão do governo português.
Infelizmente, a resposta das forças militares portuguesas, no que diz respeito a esta revolta, foi extremamente dura e, por consequência, causou milhares de mortes.
Conforme o Wikipedia, ao início deste conflito, em Angola estavam só 1.500 soldados das Forças Armadas de Portugal. Contudo, gradualmente, o número aumentou para mais de 33.000 e atingiu 65.000 militares ao fim do conflito. Mais do que isto, foram utilizados 94 aviões, 45 helicópteros, oito navios e 16 lanchas de desembarque.
Tambem te pode interesar: A Revolução dos Cravos. O dia 25 de abril marca um evento inesquecível na história de Portugal, nomeadamente a Revolução dos Cravos, sem a qual o “Portugal” que nós conhecemos agora não seria o mesmo. Neste dia histórico, as forças armadas derrubaram o regime ditatorial imposto por António Salazar que tinha sido implementado desde o golpe de estado de 1926.
O fim do conflito entre Angola e Portugal
A guerra acabou depois de 13 anos de conflito, culminando na Independência de Angola. Com a assinatura do Acordo do Alvor entre os intervenientes do conflito – o governo português e as três forças angolanas – a independência da nação do Sul do continente africano foi estabelecida em 15 de Janeiro de 1975.
Para Portugal, a proclamação da independência na Angola teve um resultado desfavorável. Isto implicou em grandes perdas do ponto de vista económico e político e, ao mesmo tempo, significou o enfraquecimento do poder colonial português.
Por outro lado, a independência teve impactos inesperados em Angola após a Guerra. Durante a guerra, as forças angolanas obtiveram um grande desenvolvimento de várias infraestruturas que foram construídas para dar vantagens às forças portuguesas. Contudo, depois da guerra, embora o país pudesse aproveitar destas infraestruturas em favor da sua economia, apareceram conflitos locais entre as principais três forças da libertação da Angola.
Concluindo, pode ser que as forças de libertação angolanas conseguiram obter a independência e ocupar os edifícios vagos deixados pelos portugueses, todavia, começaram uma nova etapa de conflitos para estabelecer quem tem poder político sobre as diferentes regiões angolanas – etapa que leva o nome de Guerra Civil.
O termo “holocausto” vem do grego antigo e significa “oferta queimada”. Foi usado mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, mas depois de 1945, foi altamente associado ao assassinato de seis milhões de judeus. O que aconteceu durante a guerra também é conhecido como “Shoah”, que em hebraico se refere a “catastrofe”. Aqui podes ler mais sobre o Holocausto.
Fontes:
- https://ast.wikipedia.org/wiki/Guerra de Independencia de Angola
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra de Independencia de Angola
- https://www.natgeo.pt/historia/2019/08/guerra de independencia de angola-de-1975-aos-dias-de-hoje
- https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/transversos/article/view/25600