7 anos sem Robin Williams – afinal, aprendemos a falar sobre a saúde mental?

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Houve poucas mortes que nos abalaram tal como o suicídio de Robin Williams fez. O dia 21 de julho de 1951 não deu ao mundo um ator qualquer, nem apenas um dos melhores comediantes do mundo. Quem teve a oportunidade de conhecer o intérprete da engraçada Mrs. Doubtfire sabe que toda a sua existência era um dom para o mundo. Em vez disso, o dia 11 de agosto de 2014 deixou-nos apenas com a lembrança dele.

Além de ser apenas um ator de comédias, Robin Williams revelou um talento imenso e uma compaixão inigualável pela arte do filme. Entre os filmes mais famosos, temos que mencionar:

  • Bom Dia, Vietname” – onde o jeito para improvisações de Williams ganhou o amor tanto do público a assistir, quanto dos soldados dentro do filme que desataram sempre a rir ao ouvir o protagonista comandar o programa de rádio durante a Guerra de Vietname;
  • Clube dos Poetas Mortos” – que foi uma revelação para todos nós que, de repente, queríamos um professor como Mr. Keating que encorajava os seus estudantes a “aproveitar o momento”, ou “carpe diem”;

 

 

“Não lemos e escrevemos poesia porque é fofinho, mas sim porque somos membros da raça humana e a raça humana é cheia de paixão. Medicina, direito, negócios, engenharia, essas são atividades nobres e necessárias para sustentar a vida. Mas poesia, beleza, romance, amor, é para isso que vivemos.”

  • Jumanji” – que foi baseado num livro infantil onde um jogo de tabuleiro cheio de aventura vira realidade e que talvez conheças porque continua sendo muito famoso por ter novas adaptações com Dwayne “The Rock” Johnson no papel principal.

Williams ganhou mais fama com o incrível “Good Will Hunting”, ou “O Bom Rebelde”, onde Matt Damon interpreta um jovem que é um génio da matemática e uma ameaça pública. Este filme trouxe a Robin Williams o Óscar de melhor ator secundário, por ter interpretado o terapeuta que conseguiu aquilo que ninguém mais fez – eliminar a teimosia do inesperável herói que sufocava a sua ambição.

Ele foi tanto o narrador quanto o génio da animação “Aladdin”; foi o presidente estadunidense, Teddy Roosevelt, na trilogia “À Noite, no Museu” e, como acima mencionado, foi a amada Mrs. Doubtfire, que era, de facto, um pai divorciado que teve que se disfarçar de babá para poder ver os seus filhos.

O amor pelos animais, pessoas e vida

O que se sabe sobre o amado Robin Williams é que foi uma pessoa cheia de amor. Conseguia sempre trazer o sorriso nos rostos daqueles ao seu redor. Algo mais é que ninguém sabia quanta tristeza é que se escondia atrás do seu próprio sorriso. Guardava para si mesmo todos os sofrimentos e, assim, a sua morte foi um choque até para os amigos chegados.

 

 

Para Jimmy Fallon foi “um em um milhão”. David Letterman dizia que “tinha uma eletricidade que atraia todos para ele”. Parceiro no palco, Steve Martin declarou que “teve uma alma sincera e honesta”. Jimmy Kimmel pediu para que os seus seguidores falassem com alguém caso sentem este tipo de tristeza. Ben Stiller lembrava-se de Robin Williams como alguém que não conseguia parar de ser engraçado. Steven Spielberg lindamente concluiu que ele era como uma “tempestade de comédia” e que as risadas do público eram o “trovão que alimentava” isso.

Robin Williams e a depressão que se esconde atrás do sorriso

Um evento que talvez tenha trazido a depressão na vida do cómico foi a morte do seu amigo chegado, John Belushi. Ele morreu por causa de uma overdose de cocaína e heroína numa noite. Este foi um momento crucial por muitos atores naquela altura, entre os quais Robin Williams também, que, subitamente, se deram conta que qualquer um podia ter sido na situação de Belushi, dado que todos costumavam viver da mesma maneira. Assim começou um período de sobriedade para Williams que via a cocaína como um “refúgio”.

Robin Williams desistiu do álcool por muitos anos até cair de novo na armadilha, ao provar um bocado durante a realização de um filme seu. Assim regressou a comprar muitas garrafas e beber sem ficar a pensar de onde vem esta vontade, sem procurar resolver a raiz do problema. Ele descobriu o ciclismo, que o fez sentir muito melhor do que qualquer cocaína. 

Mas isso foi sem resultado final, dado que foi diagnosticado com demência com corpos de Lewy (habilidade mental extremamente variável, alucinações visuais recorrentes, movimentos semelhantes ao parkinsonismo) e isso fez com que os ataques de paranoia, a falta da memória e a insónia se intensificassem.

A apenas 63 anos, Robin Williams foi também diagnosticado com Parkinson’s. Uma coisa levou a outra e foi demasiado para uma única pessoa lidar com tudo. Imagina como é não conseguir pensar, dormir, confiar naquilo que vês, e estar feliz… É por isso que temos que começar a falar sobre a saúde mental. Tal como um osso quebrado precisa de reparação, um órgão afetado precisa de cirurgia, o cérebro precisa de compreensão e cura.

Aqui tens um artigo sobre 10 filmes psicológicos que tens que assistir!

Fontes:

  1. The Tragic Life of Robin Williams, youtube.com/watch?v=6TNghd2gcaY
  2. pt.islamilink.com
  3. vanityfair.com
  4. Robin Williams Tribute – “One of a kind”, youtube.com/watch?v=yBWOdAmqhpc
  5. hollywoodreporter.com
  6. theguardian.com

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