12 de junho de 1929: nasce Anne Frank, a autora do “Diário de Anne Frank”

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Anne frank
Fotografia: pixabay.com
No dia 12 de junho de 1929 nasce Anne Frank, a menina que vai dar um outro sentido ao período do Holocausto. Desde quando foi publicado o seu diário, em 1947, pelo seu pai, Otto Frank, Anne tornou-se um símbolo do Holocausto e, o que é mais importante, da intolerância sobre a diversidade da religião.

 

O “Diário de Anne Frank” foi traduzido pelo menos em 50 idiomas e vendeu milhões de exemplares. Foi o primeiro reencontro da humanidade com o que aconteceu de verdade durante a ocupação nazista em Amsterdão. Anne Frank recebeu o diário por parte do seu pai, quando fez 13 anos. Era o momento em que ela descobriu um novo amigo.

Mais tarde o diário será conhecido, para toda a gente, como “Kitty”

Anne foi só um dos casos das crianças que foram deportadas nos campos de concentração. Ela publicou as suas últimas palavras pouco tempo antes do que os nazistas descobriram o lugar onde a família Frank escondeu-se por 2 anos, durante a Segunda Guerra Mundial.

A ocupação nazista na Europa

Otto Frank decidiu mudar-se de Frankfurt para Amsterdão em 1933, quando ficou claro que o partido do Adolf Hitler ganhou as eleições e subiram ao poder na Alemanha. Foi o ano em que Adolf Hitler declarou guerra aos judeus. Durante um período de 7 anos, a família Frank levou uma vida normal na Holanda.

No dia 1 de setembro de 1939, Hitler declarou guerra à Polónia e, em 1940, ocupou Holanda. Como os demais judeus, pouco a pouco, a família Frank perdeu os seus direitos. As meninas judias não poderiam ir às escolas públicas ou nos parques, por exemplo. Também teriam que usar as estrelas amarelas. 

Quando em 1942 Margot Frank foi convocada pelos nazistas, ela e Otto Frank decidiram que era o momento da família se esconder. 

“Kitty”, o melhor amigo da Anne Frank

Um diário, recebido no dia quando fez aniversário, tornou-se o melhor amigo da Anne Frank. Com início no ano de 1942, Anne Frank começou a escrever as suas ideias próprias e também fez uma descrição da situação pela qual ela e os demais que ficaram escondidos passaram por 2 anos. Anne falou das relações que ela teve com o seu pai e a sua mãe. Inclusive, mencionou os momentos quando a sua mãe não gostava dela.

Anne admitiu várias vezes que era diferente do que as outras e que ninguém percebia o que ela queria fazer com a sua vida. O único que poderia aceitá-la era Otto. Kitty conheceu o primeiro amor da Anne. Este amigo distinto foi presente quando Anne começou a enamorar-se com Peter. Falou sobre o primeiro beijo ou o primeiro abraço. Ninguém sabia deles. Era só Kitty em quem poderia ter confiança.

O diário tem partes onde Anne fala sobre os momentos duros da guerra. Anne apresenta a vida no quarto no qual deveria estar escondida com a família e os demais. Falava sobre os momentos no qual todos partilhavam o banho, à noite, sem que alguém ouvisse algum movimento. Caso que sim, todos sabiam: eram deportados até os campos de concentração.

A guerra foi difícil para Anne. Costumava pensar-se nas amigas que deixou em Amsterdão. Não sabia o que passava com elas, mas insistiu que também iam a esconder-se. Anne viveu a noite em que Holanda foi bombardeada. Dizia que os Aliados estavam perto, que dentro de qualquer momento eles seriam livres. Nunca conheceu a libertação. Em 1944 foi deportada até Auschwitz.

Um símbolo do Holocausto e contra a intolerância 

Os ocupantes do quarto foram denunciados em 1944 pelas autoridades nazistas. Nem neste momento não se sabe exatamente quem foi a pessoa que fez a chamada. A história conta de uma mulher, mas nunca foi admitido e tudo ficou um mistério. A SS revistava a firma e levava os oito ocupantes para um campo de trabalho na Holanda.

Mais sobre o Holocausto, aqui.

Depois foram transportados até Auschwitz e separados. Foi a última vez quando Anne viu ao seu pai. Poucos dias antes da libertação pelas forças britânicas, Anne e Margot morreram de tifo. Dos oitos ocupantes da Prinsengracht 263, Otto Frank foi o único que voltou. Decidiu que a casa onde eles esconderam-se seria transformada num museu em 1957, para que a humanidade possa ensinar sobre a intolerância e saber o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o diário deixou de falar. Kitty perdeu, inexplicavelmente, o seu melhor amigo.

Anne Frank morreu antes de completar 15 anos de vida, numas condições que pareciam como o inferno. Foi uma das milhões de vítimas de um regime apoiado por quase toda a população que tive confiança em Adolf Hitler. Ainda hoje, conforme os estudos, quase 20% da população alemã acha que os judeus influenciaram toda a sociedade. 

 

E sobre a Anne Frank que falta a dizer?

Quem poderia ser hoje, aos 92 anos? Como parecia o mundo para ela, após a Segunda Guerra? Era possível que voltasse a Amsterdão? Nunca vamos saber. Anne Frank falou 2 anos num diário e depois ficou sem voz. Para ela e para os 6 milhões de judeus, nunca vamos esquecer o que aconteceu. Mas vamos dizer NÃO à intolerância sobre a religião e a diversidade que existe. 

 

Fonte do contexto:

 

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